Belo Monte, veículos elétricos e Smart Grid de pobre
A polêmica energética do momento é a construção (ou não) da usina de Belo Monte. De um lado, governo e indústria declaram que a Região Norte necessita desta energia, que de outra forma teria que ser fornecida por termoelétricas. De outro, um coro de ambientalistas, capitaneados pelos índios Txucarramãe e com o apoio de personalidades famosas, como James Cameron, Sigourney Weaver e Sting, opõem-se à obra, alegando que os impactos ambientais podem destruir a floresta na região, por afetar o fluxo natural das águas. A Senadora Marina Silva declarou que ações contra o desperdício de energia resultariam numa economia de 15%, muito superior à capacidade de Belo Monte Leia aqui o texto na íntegra.
Na verdade, o desperdício pode ser realmente muito maior, pois toda nossa malha elétrica está dimensionada para suprir a demanda nos horários de pico (tipicamente entre as 17 e as 19hs). No resto do tempo, opera com capacidade ociosa, sobretudo durante as madrugadas, onde o consumo é muito mais baixo, mesmo tendo que suportar a carga da ilumnação pública.
Uma proposta tecnológica para domar este desperdício é o "Smart Grid", um conjunto de tecnologias de automação e controle da malha elétrica, associado a meios de armazenamento que possibilitariam o uso da energia energia armazenada durante os horários de baixa demanda para suprir eventuais picos de consumo. Uma possivel forma de armazenar esta energia são as baterias dos veículos elétricos. Estes podem ser carregados durante a noite, com tarifas diferenciadas e quando estacionados, durante o dia, poderiam ter sua energia recomprada pelas concessionárias. O potencial deste método é tão grande que já se fala em pagar aos usuários de veículos elétricos, de modo que estes poderiam se mover sem custos de energia. Parece utopia, mas a necessidade de energia pelo setor industrial, principalmente a industria de alumínio, é tão grande que faria este modelo viável.
Ainda estamos talvez um pouco longe de implantar no Brasil o Smart Grid completo, mas já podemos começar com um "Smat Grid de pobre", utilizando mais veículos elétricos e carregando os mesmos durante a madrugada. Implantando metade do ciclo, certamente haverá incentivo para implantar a outra metade. O mercado brasileiro começa a oferecer opções elétricas, embora ainda muito caras (eu mesmo não poderia comprar um hoje). Contudo, um incentivo para os veículos elétricos leves, como motos e bicicletas elétricas, seria um impulso inicial. Mas é necessário remover barreiras fiscais e legais para efetivar este incentivo.
Para saber mais:
Smart Grid Forum
Uma rede Super Poderosa
Na verdade, o desperdício pode ser realmente muito maior, pois toda nossa malha elétrica está dimensionada para suprir a demanda nos horários de pico (tipicamente entre as 17 e as 19hs). No resto do tempo, opera com capacidade ociosa, sobretudo durante as madrugadas, onde o consumo é muito mais baixo, mesmo tendo que suportar a carga da ilumnação pública.
Uma proposta tecnológica para domar este desperdício é o "Smart Grid", um conjunto de tecnologias de automação e controle da malha elétrica, associado a meios de armazenamento que possibilitariam o uso da energia energia armazenada durante os horários de baixa demanda para suprir eventuais picos de consumo. Uma possivel forma de armazenar esta energia são as baterias dos veículos elétricos. Estes podem ser carregados durante a noite, com tarifas diferenciadas e quando estacionados, durante o dia, poderiam ter sua energia recomprada pelas concessionárias. O potencial deste método é tão grande que já se fala em pagar aos usuários de veículos elétricos, de modo que estes poderiam se mover sem custos de energia. Parece utopia, mas a necessidade de energia pelo setor industrial, principalmente a industria de alumínio, é tão grande que faria este modelo viável.
Ainda estamos talvez um pouco longe de implantar no Brasil o Smart Grid completo, mas já podemos começar com um "Smat Grid de pobre", utilizando mais veículos elétricos e carregando os mesmos durante a madrugada. Implantando metade do ciclo, certamente haverá incentivo para implantar a outra metade. O mercado brasileiro começa a oferecer opções elétricas, embora ainda muito caras (eu mesmo não poderia comprar um hoje). Contudo, um incentivo para os veículos elétricos leves, como motos e bicicletas elétricas, seria um impulso inicial. Mas é necessário remover barreiras fiscais e legais para efetivar este incentivo.
Para saber mais:
Smart Grid Forum
Uma rede Super Poderosa
Uma possibilidade usada em outros país que poderia ser aplicada, seria de oferecer para algumas pessoas uma tarifa que depende da hora para reduzir o consumo dessas pessoas no horário de pico. Na França existe esse sistema para a maioria das pessoas. Para a água quente, se usa uma reservatório que esquenta a noite inteira, devagar e portanto o pico de potência deve ser provavelmente maior mas esse sitema é bem mais caro que o chuveiro elétrico. Também lá não tem chuveiro elétrico. Acredito que esse sistema precisa de um contador diferente para diferenciar o consumo nas tarifas diferentes?
ResponderExcluirUsa-se também hidrelétrica especial que armazena a elétricidade durante o dia (a produção das centrais nucleares não podem ser modulada!) e a libera no horário de pico!
Existem inúmeras possibilidades para aproveitar melhor a energía gerada fora dos horários de pico. No Brasil, uma das ações é simplesmente desligar as usinas termelétricas nesses horários de baixa demanda. O problema desta abordagem é que em caso de pane (como aconteceu no ano passado com o sistema de transmissão de Itaipu), estas usinas não estarão disponíveis para suprir um eventual pico de consumo, o que pode até provocar o desligamento automático de todo o sistema. Os veículos elétricos podem servir como uma fonte de energia de emergência, para suprir as demandas locais em casos como estes. Como este é um espaço de debates sobre veículos elétricos, enfoquei esta alternativa, mas certamente existem outras, como as mencionadas. Obrigado pelos seus comentários, foram muito pertinentes.
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