O que é uma Supernova?

De maneira muito simplista, uma supernova é uma estrela em explosão. Mas ela é muito mais que isto. Supernovas são os cadinhos estelares, onde toda a matéria que conhecemos é forjada a partir do hidrogênio original, que é o principal constituinte de todas as estrelas. Quando na fase de supernova, uma estrela pode brilhar várias vezes mais que todas as estrelas da galáxia juntas! Estima-se que são visualizadas (com a ajuda de telescópios) mais de 100 supernovas por ano. Mas infelizmente (ou felizmente, como veremos mais tarde), muito poucas delas chegam a ser visíveis com uma estrela de quinta ou sexta grandeza (quanto maior a grandeza, menor o brilho. É por isso que nos referimos às estrelas muito brilhantes como de primeira grandeza).

Supernovas estão intimamente relacionadas com a constituição atual do Universo, a formação do Sistema Solar e da Terra, e consequentemente da vida sobre esta. Somente nas supernovas os elementos químicos mais pesados do que o ferro podem ser formados e somente seu violento processo explosivo é capaz de expulsar estes elementos dos densos e ultraaquecidos núcleos estelares.

Encontramos na história da astronomia diversos relatos sobre "estrelas novas", que brilham no céu brevemente por poucos dias ou semanas e depois lentamente caem na obscuridade. Mas ocasionalmente, uma dessas estrelas brilharam de maneira fugurante. O Séculos XVI  e XVII foram agraciados cada um com um evento semelhante. Em 1572, uma brilhante Nova surgiu na constelação de cassiopeia e foi documentada por diversos astrônomos da época, dentre os quais destaca-se Tycho Brahe, autor do trabalho "De Nova Stella". Em 1604, outra Nova particularmente brilhante foi documentada pelo discípulo do Tycho, Joannes Kepler. Ambas eram particularmente brilhantes, superando várias vezes o brilho de venus no céu noturno e podiam ser vistas mesmo durante o dia. Há relatos que mencionam um brilho semelhante ao luar.

A atual compreensão das leis da física e da astrofísica auxilia na compreensão desse fenômeno impressionante. Na verdade, esta compreensão os torna ainda mais impressionantes, pois nos permitiu a compreensão da verdadeira escala dessas magníficas explosões. E também nos fez saber que, na verdade, existem dois tipos distintos do que hoje chamamos de supernovas.

Por outro lado, esta compreensão trouxe consigo outras inquietantes perguntas, algumas das quais permanecem até hoje sem respostas.

Procurarei apresentar um pouco do que sabemos sobre as supernovas, sua origem e destino. Antes porém, farei uma introdução básica sobre a física necessária para comprender como as supernovas ocorrem e em que condições.

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